26/12/2010
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Governo dos EUA dá sinal verde à vida artificial



A Casa Branca anunciou nesta quinta-feira que o campo controverso da biologia sintética ou da manipulação de DNA de organismos para criar novas formas de vida traz riscos limitados e seu avanço deveria ser permitido.

Um painel de especialistas reunido pelo presidente americano, Barack Obama, recomendou vigilância e autorregulação enquanto os cientistas procuram formas de criar novos organismos que possam resultar em inovações úteis em energia limpa, controle da poluição e medicina.

A Comissão Presidencial para o Estudo de Questões Bioéticas concluiu "que a biologia sintética é capaz de feitos significativos, mas limitados, com riscos limitados.

– Os desenvolvimentos futuros podem despertar novas objeções, mas a comissão não encontrou razões para endossar regulações federais adicionais ou uma moratória no trabalho nesse campo por enquanto.

O painel de 13 cientistas, especialistas em ética e em políticas públicas, foi criado por Obama no ano passado.

Sua primeira missão foi considerar a questão da biologia sintética, depois que o Instituto J. Craig Venter anunciou, em maio, ter criado uma célula viva de bactéria produzida a partir de genoma (conjunto de genes de uma determinada espécie) sintético. A expectativa é que a descoberta possa permitir, por exemplo, a fabricação de bactérias em laboratório.

Para os críticos, a descoberta era o equivalente a "brincar de Deus", criando organismos sem o entendimento adequado sobre as consequências, perturbando a ordem natural.
Ao anunciar a criação da "primeira célula sintética", o chefe das pesquisas, Craig Venter, disse na época que "certamente mudou a visão sobre as definições da vida e de como ela funciona".

Mas a comissão informou que a equipe de Venter não criou vida realmente, já que o trabalho envolveu, sobretudo, a alteração de uma forma de vida já existente.

Postado por: Victor Perez
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